Mulheres indígenas e cosmopolíticas do cuidado no Alto rio Negro
Descrição
O estudo de caso que apresentaremos busca entender, desde uma perspectiva cosmopolítica, como as mulheres indígenas do rio Negro, no noroeste amazônico, responderam à pandemia de COVID-19 no percurso de 2020 e 2021, mobilizando uma rede ampla e complexa de conhecimentos, de saberes, de agentes, de agenciamentos, de materialidades e de aliados. Damos destaque à campanha “Rio Negro, nós cuidamos!”, organizada e liderada pelo Departamento de Mulheres Indígenas do Rio Negro, da Federação de Organizações Indígenas do Rio Negro (DMIRN/FOIRN). A partir da nossa relação e da nossa experiência de pesquisa anterior ao projeto PARI-c, o caso responde a um arco narrativo que tem como ponto de partida a “chegada” do vírus e da doença na cidade de São Gabriel da Cachoeira (doravante São Gabriel ou SGC) e na região do Alto Rio Negro (especialmente em uma comunidade do rio Içana, predominantemente de etnia Baniwa) entre março e abril de 2020.