Caçando os devoradores: Agência, “meninas indígenas” e enquadramento neocolonial
Descrição
Este artigo é resultado de uma pesquisa antropológica sobre gênero e territórios de fronteira conduzida desde 2010 na Amazônia brasileira. Aqui me aproximo da violência através de uma análise das relações entre “indígenas” e “brancos” no enquadramento da construção de uma cidade amazônica, como expressões de políticas corporais (neo)coloniais. Focando na perspectiva de mulheres indígenas que habitam a cidade, presto atenção a seus envolvimentos conjugais,
sexuais e econômicos com o “mundo dos brancos” (incluídos os corpos, a cidade e o Estado). Estes envolvimentos são entendidos em termos de agenciamentos indígenas e generificados: a capacidade dessas jovens de lidar com, resistir, sofrer e se apropriar dos bens, dos presentes e dos corpos do projeto colonial.
OLIVAR, J. M. N. Caçando os devoradores: Agência, “meninas indígenas” e enquadramento neocolonial. Revista de Antropologia, [S. l.], v. 62, n. 1, p. 07-34, 2019. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/ra/article/view/156129