Objetivos (missões)

Zonas de conhecimento pelas quais transitam nossas perguntas, as pesquisas vinculadas e associadas, e as nossas parcerias:

  • Que Mundo é este que se torna uma Ameaça? Umas das missões do projeto é produzir evidências e recursos analíticos sobre o Mundo-enquanto-ameaça (MƒA), fim-do-mundo, contextos críticos, etc… Atentamos a formas mais necro/patopolíticas (baseadas na produção de morte e adoecimento como forma de poder), mais ou menos organizadas e centralizadas, até formas mais parecidas com a biopolítica. O projeto está atento ao contexto político-econômico da Amazônia, no Brasil e além, porque a Amazônia está no centro da política brasileira e das discussões sobre crises planetárias.
  • Como lidar com, lutar, cuidar, fazer mundos existir e persistir? Descrevendo as Ameaças, outra missão é compreender as formas através das quais redes, coletivos, famílias se engajam em relações de persistência, florescimento, luta e cuidado. Como tornar a vida possível, apesar de tudo, através dos obstáculos e das ameaças? Como cuidar-se, tomar cuidado, cuidar de, para não morrer ainda, para não morrer de novo, não morrer tanto ou tão facilmente? Para crescer, florescer, “tocar a vida”, gozar? Cuidado se abre como um objeto a ser estudado e analisado crítica, ética e empiricamente em diversos contextos etnográficos exorbitantes
  • E a Saúde Coletiva? E o(s) SUS(es)? Outra missão é entender como esses arranjos de cuidado questionam, interpelam, impactam, fortalecem, “criticam” e multiplicam o SUS, a Saúde Coletiva (e as possibilidades da prática antropológica). O que emerge da pesquisa feita junto com as redes desse projeto que pode ser ensinado a futures sanitaristas e outres trabalhadorus da saúde pública?
  • Como estas discussões sobre cuidado e sobre cosmopolítica afetam as formas em que produzimos conhecimento? Reconhecemos a importância dos métodos modernos desenvolvidos pelas nossas disciplinas; contudo, entendemos que, em relação com os chamados cosmopolíticos, de cuidado, anticoloniais, pluriepistemológicos, e com a realidade do campo acadêmico brasileiro contemporâneo, não são mais suficientes. Recorremos na formulação desta pesquisa a genéricos “Encontros de Saberes” e “Oficinas de composição de futuros”… “Pluriepistemologias-com”, “investigación-acción participativa”, “etnografias colaborativa”, “escrita+ em processos de pluralidade epistêmica”. Mas como se faz isso? Como se propõe? Que imaginamos destes encontros? Faremos um cestinho com estas experiências.
  • Como fazer parte? Pesquisar não é suficiente, é necessário fazer parte em conexões parciais; partilhar um pouco dos mundos e das lutas em questão. A missão é se conectar, alimentar, transferir, apoiar, ajudar… tentar fazer parte. Aprender a montar-se, a transar, a trançar, tramar, atravessar, maquiar, cultivar, receber, respeitar, calar, dar passagem: aprender a ser prótese e aliança.

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