Descrição
Nesse artigo apresento como, na cidade de Tabatinga (AM), na tríplice fronteira entre Brazil, Peru e Colômbia, o Pai Jairo e seus filhes engajaram-se num processo de persistência, cuidado e crescimento através de um Mundo que se lhes apresenta enquanto ameaça para suas vidas e seus mundos. Este processo envolve a consolidação de uma tecnologia de habitação do Mundo, alimentada na gramática da Umbanda/Macumba e conectada com
operadores de juventude, gênero e (homo)sexualidade. Sua base material, seu “chão”, é o processo de construção de um terreiro. Baseado em 10 anos de etnografia e em diálogo com discussões teóricas sobre cosmopolíticas, materialidades e M/mundos em perspectivas de/anti/contracoloniais, argumento que através deste processo, esta rede constrói um mundo-para-si (mf#) que em sua prática habilita a atravessar o Mundo-como-Ameaça (MfA) em termos de uma relação de embate (Mundo-como-embate: M/e) virtualmente simetrizante: MfA>>wf#<<M/e.